domingo, 13 de dezembro de 2009

CABOCRO VALENTI






O caboquim cordô cêdo,

ispriguíçô,

lavô as mão na gamela,

limpô uzói,

sinxugô,

tomô café,

pegô a inxada,

sivirô pra muié

I falô:

- Muiééé,

tô inoprotrabaio.

Quano q'êle saiu da casa,

ao invêiz dií prá roça,

ele subiu num pé di manga

I ficô iscundidim.
De repente

pareceu um negão,

e foi inté upé di manga

I nem si percebeu

q'o caboquim tava lá inrriba.
Pegô u'a manga...

chupô,

pegôta,

I mais ôta...,

I a muié du caboquim chegô

na janela e gritô:
- Póvim,

ele já foi!

I o negão largô as manga

I sinfurnô dendacasa du caboquim.
O caboquim,

danado de ráiva,

desceu da árvre,

pegô um facão

e intrô na casa.
Quandele abriu a porta

ele viu o negão chupano

as teta da muié,

intonsi levantô u facão e falô:
- Vai morrêêêêê negão!!!

E num é cunegão

puxô um 38 da cintura,

I pontô pro caboquim falano:
- Por que eu vou morrer?
E o cabuquim:

- Uai cê chupô trêis manga

e agora tá mamando leite.
Assim tu vai morrê,

manga cum leite faiz mar,

uai!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Dorei sô, o sinho é bão das idéia, vamu garrá a proziá?